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segunda-feira, 9 de outubro de 2017

Intercom2017 - Curitiba - O artigo

Estar no Intercom 2017 foi muito produtivo. É um momento de estar com nossas referências bibliográficas, nossos colegas professores e alunos. (Isso se você usa a bibliografia Latinoamericana atual também e não só a eurocêntrica do século passado! Olha que eu uso Foucault e Latour, mas estou me desafiando a procurar bibliografia... Mas isso é uma outra longa discussão) 

Encontrei no Grupo de Trabalho Comunicação para a Cidadania algumas discussões que dialogam muito com a minha pesquisa, como o trabalho da Luiza Barata, que tratou do uso do aplicativo "NósporNós para denúncias em comunidades cariocas. Vale conhecer e o artigo está nos anais do Intercom em: http://portalintercom.org.br/anais/nacional2017/resumos/R12-2789-1.pdf

Apresentei o artigo "Nos rastros das interações: Uma análise do impacto do aplicativo Whatsapp no fluxo comunicacional da tropa da PMERJ"
http://portalintercom.org.br/anais/nacional2017/resumos/R12-1880-1.pdf

Este artigo é parte da dissertação de mestrado, que pretende abranger também outros lugares de fala como a posição da Coporação e o uso do aplicativo para a Polícia de Proximidade. Aos interessados, segue:
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Resumo

 

Inovações tecnológicas têm alterado o fluxo de comunicação nas organizações. No caso de uma corporação militar, as novas possibilidades de interação a partir dos aplicativos de celular podem significar novos modos de organização e a possibilidade do encontro ou produção de brechas para a luta por direitos. O objetivo deste artigo é analisar o caso específico da participação do WhatsApp na comunicação da Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro. A hipótese é que a participação do ator tecnológico nas práticas comunicacionais tem viabilizado a manifestação em uma estrutura altamente hierarquizada. A estratégia é seguir os rastros da comunicação via aplicativo, a fim de abrir caminho para a compreensão das consequentes apropriações de poder advindas das conexões estabelecidas.

Palavras-chave
Comunicação organizacional; Tecnologia; Cidadania; Polícia Militar; Interações.





Introdução

Desde a Idade Média, a principal força combativa de um exército era conhecida como infantaria e os combatentes eram os infantes. O termo infante tem duas raízes distintas. De origem italiana, o vocábulo ‘fante’, significa ‘menino ou soldado que vem a pé’. Já o verbete ‘infante’ oriundo do latim, representa 'aquele que não fala', utilizado para identificar filhos pequenos de nobres europeus.
            Usualmente, os policiais são chamados de infantes, tanto como aqueles que combatem, como aqueles que não falam. A fala é a expressão motora de pensamentos do sujeito, ligada a outros aspectos de sua cognição, como as emoções e a capacidade crítica. Na Polícia Militar, historicamente, a limitação não se restringia ao ato motor da vocalização, mas a qualquer manifestação individual pública que se referisse à atividade profissional.
            Sem fala, as interações são mínimas e a produção de significados também. Se o policial é um corpo que cala, que não expressa emoções, tal qual os cadáveres que encontrará pela trajetória profissional; se não elabora, não interage, deixa de produzir sentidos, tornando-se mais apto ao combate.
            A dificuldade de comunicação entre as instâncias de poder e a impossibilidade das patentes mais baixas de requererem seus direitos sem ficarem reféns de sanções resultaram no silêncio próprio das relações de dominação (FOUCAULT, 1983). A cultura interna da PMERJ tornou a atitude de mostrar-se insensível às adversidades, ao sofrimento próprio e alheio, algo natural e louvável. A resiliência silenciosa não tem sido contestada porque entre os policiais, essa é uma discussão encerrada em uma máquina já funcional. Ser resiliente à violência física ou moral significa, dentro da cultura interna de uma estrutura militar, ser forte e estar apto aos desafios da profissão. A emoção coletiva é sobreposta à individual, em treinamentos em que o indivíduo aprende a suportar os ataques e a manifestar-se apenas dentro dos limites impostos pelas regras da Corporação.
            O aplicativo WhatsApp tornou-se um ambiente tecnológico no qual o Policial Militar fluminense tem resgatado a possibilidade de compartilhar emoções.  Entretanto, as causas das mudanças no fluxo comunicacional da PMERJ vão além do simples advento de determinada tecnologia. Policiais menos docilizados e cognitivamente aptos ao uso de tecnologia, somados à entrada de um novo ator não humano, o aplicativo, compõem o elenco próprio para encenar socialmente outras relações que não as estabelecidas nos últimos dois séculos.
O indivíduo contemporâneo não tem mais uma identidade única, em que a profissão o define por completo. Ele não é o policial, o vilão ou o herói, como outrora. Este sujeito é, ao mesmo tempo, morador da comunidade, pai, consumidor, telespectador, cidadão. As múltiplas identidades, como aborda Stuart Hall (2005), propiciam que ele dê novas respostas a antigas questões.
             Na trajetória da história da Polícia Militar, mobilizar-se em prol de causa própria sempre fora uma iniciativa arriscada, cujo resultado mais provável seria uma punição. Cabe lembrar que foram nas escolas, hospitais e quartéis que o sistema disciplinar se estruturou (FOUCAULT, 1983). As relações de poder dentro da Corporação sempre foram impregnadas por estados de dominação, mas o cenário vem se transformando. Viver em um mundo globalizado, em contato com diferentes construções de verdade, com maior possibilidade de comunicação com atores diversos, dificulta a docilização, o disciplinar.

Mapeando a rede de grupos de WhatsApp na PMERJ
           
Durante um ano, a autora da pesquisa realizou a observação participante, inserida no ambiente natural das interações. Atuava como assessora de comunicação da PMERJ e era membro de alguns dos grupos da corporação, tanto como profissional, como colega de trabalho, já que os grupos são formados com finalidades distintas. Para realizar a pesquisa sem identificar os participantes dos grupos ou expor o conteúdo das conversações, foi enviado a cinco grupos de WhatsApp um questionário de entrevista aberta, sobre os usos que cada policial faz desta tecnologia em sua rotina. Mesmo com o consentimento dos participantes, a exposição do conteúdo por si só identificaria os atores, violando o anonimato proporcionado pelo aplicativo. É esse anonimato que garante a possibilidade de fala, sem punições, dentro do aparelho de vigilância do Estado, de uma instituição que segue um rigoroso código de conduta militar. Aliás, uma determinação publicada no Boletim da PMERJ de nove de outubro de 2015, tornou o uso de smartfones por policiais em horário de serviço, no policiamento ostensivo, proibido. A resposta ao questionário enviado era voluntária e seria garantido o anonimato, conforme possibilita o Código de Ética dos Jornalistas e a Constituição Federal, quando preveem que o jornalista, por sigilo profissional, opte por não revelar suas fontes.
A hipótese desenvolvida é a de que o aumento do capital social e da força dos laços são geradores de novas demandas de postura e responsabilização da Corporação. Para tratar das intenções das interações via aplicativo e de seus resultados efetivos no modo de operação da PMERJ, foi realizada uma busca que identificasse a repercussão das demandas advindas de material compartilhado pelo WhatsApp nas publicações dos veículos de comunicação. (GRANOVETTER, 1973). Procurou-se na imprensa matérias motivadas pela dinâmica da qual o WhatsApp participa com a tropa. Serão apresentados aqui alguns dos resultados das interações encontrados nos jornais EXTRA e Folha Política. As publicações nos indicam o resultado efetivo de determinadas dinâmicas que começaram no aplicativo, o alcance, o poder daquela rede.



A movimentação sintomática de uma nova geração pautada em relações híbridas

Á medida que o uso do aplicativo é intensificado, a dinâmica de formação e dissolução dos grupos vai mudando. Em 2014, os grupos da PMERJ eram basicamente compostos de acordo com os vínculos afetivos ou com aspectos práticos da rotina de trabalho. Selecionamos as mensagens compartilhadas entre julho de 2014 e o mesmo mês de 2015 e classificamos por sua origem e seu objetivo prevalecente. A partir da compilação de centenas de interações, foi possível determinar alguns traços característicos de cada grupo, como explanado a seguir[3]:
Entre os cento e cinquenta policiais que participaram da pesquisa, alguns integravam grupos (i) compostos a partir da turma de formação. Usualmente, os profissionais aprovados em um mesmo concurso público recebiam a formação juntos, mas por serem alocados em unidades distintas, perdiam o contato, ou mantinham alguma interação com frequência muito rara. Os grupos de WhatsApp mantiveram a frequência das interações entre as novas turmas de policiais.
Uma vez alocados em determinada unidade da Corporação, os policiais passam a fazer parte de novos grupos (ii). A motivação inicial dos grupos de unidades específicas é compartilhar aspectos práticos da rotina daquele Batalhão. Este grupo reúne profissionais que não necessariamente possuem vínculos afetivos, mas que precisam dos dados que circulam. Em algumas unidades os grupos foram formados pela tropa para facilitar o dia a dia, em outras incluem do soldado ao comandante, sendo nestes últimos, o comportamento mais formal, menos espontâneo. Não há uma oficialização da comunicação via aplicativo dentro da Corporação, de modo que depende da iniciativa coletiva da tropa ou individual do comandante da unidade.
 Durante as operações, os policiais entram em contato com os jornalistas que estão cobrindo a pauta de Segurança. Teoricamente, apenas os comandantes ou o porta-voz da Corporação podem dar entrevistas, mas, aos poucos, a tropa vai estreitando as relações com os jornalistas e integrando grupos de WhatsApp em que passam informações para os jornalistas como forma de promoção do trabalho realizado (iii).
Há ainda grupos institucionais, que fazem parte das atividades dos Comandos como os grupos de alinhamento das respostas da assessoria de Imprensa (iv) ou os grupos de relação direta com a população, como estratégia de unidades específicas que praticam a Polícia de Proximidade (v).
Todavia, toda esta movimentação ainda ocorre sob temor, sob a pressão emocional de estar rompendo com os valores da Corporação. Ao receber o questionário desta pesquisa, a primeira reação de alguns Policiais Militares fluminenses foi temer a confirmação de que fazem uso do aplicativo. Redigiram respostas que negavam as conversações:

Sei que vai parecer incoerente negar que usamos o WhatsApp ou que participamos dos grupos, o que você acompanha como fato, mas o problema é o seguinte: na realidade, para fazer o uso do celular, o militar deve fazer uma solicitação à administração da unidade em que trabalha. É tudo muito complexo. Então, é um pouco complicado falar sobre isso, pois, de fato, não há uma autorização expressa que autorize. Nós simplesmente usamos no dia a dia, mas não podemos admitir isso, entende? (Policial A., 26 de setembro de 2016, 17:13, via WhatsApp).


            Á medida que os policiais participam na rede de grupos do aplicativo, entram em contato com maior frequência com a emoção dos colegas, suas ansiedades, derrotas e vitórias. O conteúdo compartilhado permite que os membros dos grupos se reconheçam, conquistem confiança para abordar uma diversidade maior de assuntos, encorajando-se mutuamente e reconhecendo a potencialidade de sua fala. Entre diferentes patentes, a intensidade das interações e da exposição também diminui as distâncias que a hierarquia militar impõe naturalmente. Essa evolução nos relacionamentos já foi apontada por Raquel Recuero (2014), ao afirmar que o valor dos laços sociais construídos, o capital social, pode ser acumulado, aprofundando os vínculos e aumentando o sentimento de grupo.
Observou-se esta dinâmica de fortalecimento dos laços nas conversas dos grupos de policiais no WhatsApp, principalmente naqueles em que os vínculos afetivos eram mais fortes:

A minha participação em grupos da PMERJ, se deu através da necessidade de compartilhar informações. Os grupos discutem temas relacionados ao futuro da Polícia Militar e podemos dar opiniões, inclusive, com a participação de oficiais. O contato com colegas de turma aumentou consideravelmente, hoje sou membro de mais de 10 grupos da polícia. Esse mesmo contato contribuiu para que estivesse mais atento aos fenômenos sociais e interagisse mais com outros militares. Através da participação ativa nos grupos, podemos lutar por objetivos comuns a todos, como por exemplo, melhores escalas, aquisição de equipamentos, salários, etc (Policial B., 20 de outubro de 2016, 13:57, via WhatsApp).

Nota-se no depoimento que não só os laços tornaram-se mais fortes, como a rede deste policial também cresceu. A menção de que a interação direcionou sua atenção a determinados fenômenos ou eventos da Corporação e de que encontrou objetivos comuns e parceiros para as lutas, são indicativos do capital social adquirido. Bem antes do movimento de interação através de aplicativos de comunicação como o WhatsApp, Granovetter (1974, 1978) já apontava para o poder da influência dos grupos na tomada de decisões. Suas pesquisas constataram que os indivíduos tomavam decisões mais consistentes em uma relação de proporção direta com a força dos vínculos em suas redes. Quando os policiais falaram sobre suas experiências com o WhatsApp, essa força também fica evidente:

Eu não tinha coragem de ir para o chefe e reclamar da comida, ou que o salário do Extra não entrou. Tenho até colegas que fazem isso, mas ficam mal vistos, como os encrenqueiros. São tidos como problemáticos. Aí eu entrei em um grupo do WhatsApp e os caras estavam falando mesmo ali. Comentavam da jornada de trabalho, de tudo que eu só desabafava com a minha família. Então, como você me perguntou como eu uso o WhatsApp, a resposta é: eu uso para me sentir mais forte. Ali eu vejo que o problema é de todo mundo e que podemos combinar alternativas para resolver. Um dia combinamos que ninguém daquele grupo ia se inscrever para o RAS daquele mês. O salário não sai então não vai ter quem faça. Sozinho eu nunca poderia fazer essa pressão (Policial C., 26 de outubro de 2016, 16:40, via WhatsApp).

Apesar de continuarem sob uma forte relação de dominação na Polícia Militar do Rio de Janeiro, os Policiais Militares têm se posicionado com maior propriedade, uma vez que formam laços mais fortes com os colegas de profissão, fortalecendo assim, também, uma faceta de sua identidade, elevando os níveis de credibilidade e influência.
           
O WHATSAPP como agente mobilizador na micropolítica do poder da PMERJ

            As novas sociabilidades instauradas a partir das relações híbridas, em que estão conectados o WhatsApp, todo o aparato tecnológico que compõe o arranjo midiático que o cerca e policiais de diferentes patentes, têm apresentado potencial para redistribuir poder, dar voz e credibilidade a discursos não oficiais. Entretanto, o reconhecimento e consequente emprego do aplicativo nesta direção não aconteceram assim que a tecnologia passou a fazer parte das primeiras conexões da tropa da PMERJ. A tecnologia de comunicação não é óbvia como a arma que os policiais possuem, desenvolvida com uma finalidade bem específica: ferir e paralisar o inimigo através de confronto direto. Há uma trajetória de amadurecimento da relação, que compreende do momento em que os policiais começam a estabelecer as primeiras interações até a organização efetiva de movimentos em prol de interesses coletivos.
Durante entrevistas com os policiais que participavam dos grupos de WhatsApp, o relato foi de que inicialmente, as conversações mediadas pelo aplicativo, configuravam apenas momentos de lazer. Eram conversas informais entre colegas de profissão, que incluíam áudios de tiroteios, imagens de bandidos famosos detidos nas operações, fotos de material apreendido e de cadáveres.
Conforme conquistam habilidade de uso do conjunto de tecnologias que envolve o celular, internet, câmeras fotográficas e filmadoras, gravadores de áudio, editores de imagens e novas opções de compartilhamento, os policiais fluminenses vão ampliando o emprego do aplicativo. Régis (2011) argumenta que o uso de tecnologias de comunicação e entretenimento possibilita o desenvolvimento cognitivo, fermentando o sujeito com habilidades sociais, lógicas, sensoriais, entre outras.
Um dos policiais entrevistados comentou:

Eu penso que a tropa ainda está aprendendo a usar o WhatsApp como uma ferramenta para reivindicar seus direitos. Percebo que o PM usa muito mais como um "muro das lamentações" do que como um instrumento de poder capaz de conscientizar e mobilizar efetivos. Observo muito esse comportamento, principalmente, no grupo da minha turma onde colegas reclamam, mas depois acaba virando um motivo para se encontrarem para beber e "esquecer". Como disse antes, já tenho mais de 16 anos de corporação, acredito que os policiais mais jovens, talvez, tenham mais noção do uso do App como uma ferramenta capaz de unificar a tropa e de mobilizar a sociedade para garantir nossos direitos (Policial D., 24 de outubro de 2016, 13:00, via WhatsApp).


            A aderência dos indivíduos à inovação e ao aplicativo, resultante das negociações que vão ocorrendo na dinâmica do coletivo em que estão inseridos, geram ativos sociais que mantém o processo ativo.

Às vezes algum colega está trabalhando na rua e vê que a situação está arriscada, joga no grupo, para os outros colegas que moram ou que vão passar no local, para que evitem a área. Alguma dúvida ou injustiça, que está acontecendo com a gente, jogamos no grupo também, porque alguém pode ter passado pelo mesmo e pode ter um caminho para indicar. (Policial E., 26 de setembro de 2016, 17:48, via WhatsApp).


            A partir da identificação de que colegas, com alto nível de confiança, compartilham determinado conteúdo, este membro do grupo passa a ver a possibilidade de colocar-se mais efetivamente naquele espaço também. Este movimento contínuo e libertador de emoções, de falas contidas, inaugura um fluxo de comunicação que pode chegar a alterar de fato o modo de operação da Corporação.

Os contatos via WhatsApp ajudam muito dentro da realidade policial, pois sempre existem possibilidades de novos trabalhos e oportunidades dentro da corporação a que nós não tínhamos conhecimento ou que ficavam restritas às panelinhas. Até mesmo como resolver questões documentais, dicas do exercício da atividade, como obter auxílios e apoio entre os colegas. Ele tem colaborado para os policiais garantirem seus direitos, pois muitos colegas desconhecem seus direitos e a corporação infelizmente não informa da forma adequada. Este contato ajuda na troca de informações (Policial F., 20 de outubro de 2016, 14:08, via WhatsApp).

A aproximação vai tornando-os emocionalmente mais capacitados para encontrar brechas no sistema da PMERJ. Entretanto, cabe ressaltar que é o crescimento dos laços fracos (GRANOVETTER, 1978), das conexões com outros atores como a população e a imprensa, com os quais não se tem nem tanta intensidade de interações, nem tanta confiança, que se completa o ciclo que traz resultado efetivo para o engajamento que ocorre via laços fortes.
Os movimentos começam e ganham consistência entre as conexões de laços fortes, mas ganham repercussão pública na rede de laços fracos. A repercussão chega até as instâncias mais elevadas de poder, como a Secretaria de Segurança e o Governo do Estado, gerando uma cobrança dos veículos de comunicação por uma nota oficial ou entrevista que esclareça os fatos. Essa pressão tem garantido conquistas frequentes para os Policiais Militares do Rio de Janeiro.
            Em 2015, como a situação financeira do Estado do Rio de Janeiro já era de recessão, o pagamento do Regime Adicional de Serviço, o RAS, fora da data prevista, acontecia com frequência. Quando a data do pagamento chegava e ele não acontecia, os policiais geralmente não recebiam da Corporação um prognóstico objetivo sobre a data de pagamento. Ficavam aguardando até que o soldo caísse na conta. Em alguns casos, esperavam sem notícias por meses.
            Com as conexões via WhatsApp, no entanto, a partir do primeiro dia de atraso, começam a circular nos grupos de policiais mensagens cujo conteúdo é a busca de informações sobre a data do depósito do pagamento do RAS. Não demora muito e essas mensagens chegam aos grupos de policiais e jornalistas. Os policiais orquestram a comunicação com a imprensa, combinando de fazerem um movimento intenso de contato, via aplicativo, com os veículos de comunicação. Os jornais, as emissoras de rádio, televisão e os portais de internet demandam à assessoria de comunicação da PMERJ uma resposta. A Coordenadoria de Comunicação Social, para redigir a nota em resposta, procura o responsável dentro da PMERJ, na Secretaria de Segurança ou mesmo o Governador. Consequentemente, o pagamento é agilizado. Um dos policiais entrevistados resume esse processo:

Acho que a maior contribuição via WhatsApp é o movimento feito quando atrasam o pagamento do PROEIS/RAS. No grupo, combinam de todos os policiais enviarem e-mail para imprensa para gerar uma pressão, com isso, muitos atrasados são pagos. Dessa forma, com a pressão da mídia, conseguimos receber nossos salários mais rapidamente. Ninguém teria coragem de ir reclamar pessoalmente ou de ficar marcado como o encrenqueiro, ou o cara problema. Com o aplicativo ninguém sabe quem foi e na verdade fomos todos nós, juntos, pressionando via sociedade (Policial G., 24 de outubro de 2016, 12:40, via WhatsApp).


            Sob a manchete “Policiais militares reclamam de atraso no depósito do RAS de dezembro”[4], o jornal Extra de 29 de janeiro de 2015 e a versão on-line das 08:47 da mesma data, trouxeram o seguinte texto:

Policiais militares estão reclamando, pelo WhatsApp do EXTRA ((21) 99644-1263), de atraso no pagamento da gratificação do Regime Adicional de Serviço (RAS) relativa a dezembro, que, segundo eles, ainda não saiu. O RAS é a hora extra que os PMs fazem para a própria corporação. “Temos que nos virar pedindo dinheiro emprestado para pagar nossas contas” (JORNAL EXTRA ON LINE, 29 de Janeiro de 2015).
           
No dia seguinte, dia 30 de janeiro de 2015, o mesmo jornal Extra e sua versão das  06:30[5], já traziam uma resposta:

A gratificação do Regime Adicional de Serviço (RAS) dos policiais militares referente ao mês de dezembro deverá ser paga na próxima semana, ou seja, já em fevereiro. A Diretoria de Orçamento da Polícia Militar fechou, nesta quinta-feira, a folha de pagamento do benefício, que será encaminhada à Secretaria estadual de Fazenda, com previsão de pagamento para a próxima semana. Nos últimos dias, diversos PMs reclamaram do atraso no repasse da gratificação e cobraram uma previsão de pagamento (JORNAL EXTRA ON LINE, 30 de Janeiro de 2015).


            Outro exemplo do poder do alcance das interações frequentes é sobre a alimentação dos policiais de determinados batalhões em operações especiais. Durante a Copa do Mundo e a Jornada Mundial da Juventude, os grandes eventos de 2014 e 2015, telejornais, veículos on-line e impressos noticiaram as condições de trabalho dos policiais militares. A filosofia da ‘resiliência muda’ na Corporação por muito tempo evitou que houvesse este tipo de denúncia, ainda mais de repercussão internacional. Como as delações agora podem ser feitas anonimamente, em grande número, além de serem corroboradas por fotos e vídeos, os relatos de abusos ganharam credibilidade e ressonância.
            Uma matéria no site de jornalismo FolhaPolítica.org[6], em 18 de junho de 2014, trouxe a denúncia:

PMs recebem comida com larvas vivas no RJ; veja o vídeo Publicado por Folha Política
Imagem: Reprodução / Redes Sociais
Um vídeo gravado há três semanas por um Policial Militar lotado no Batalhão de Choque do Rio de Janeiro e disponibilizado para o UOL nesta quarta-feira (18) mostra um prato de comida repleto de larvas vivas que foi servido no refeitório da unidade. A cena, segundo o PM que fez as imagens, está longe de ser novidade entre os agentes. Segundo ele, os policiais recebem frequentemente almoço e lanche estragados nos batalhões da Polícia Militar do Rio (FOLHA POLÍTICA, 18 de Junho de 2014).


            Durante a apuração para esta matéria, a repórter Maria Luisa de Melo, do portal UOL, escreveu à Coordenadoria de Comunicação Social da PMERJ:

Bom dia,equipe de comunicação da PMERJ! Recebemos hoje pela manhã um vídeo de um policial do Batalhão de Choque que mostra um prato de comida servido no rancho do referido batalhão repleto de larvas. Segundo homens do mesmo batalhão (incluindo o que gravou o vídeo), é comum larvas serem encontradas nos pratos servidos. Qual o posicionamento da PMERJ sobre isso?

            Apesar das imagens, o posicionamento da Corporação inicialmente consistiu em negar a veracidade das reclamações dos policiais à imprensa. Contudo, os policiais que estavam fazendo as denúncias mantiveram a jornalista bem informada, através do grupo do WhatsApp, inclusive a respeito de que no dia seguinte à manchete houve uma inspeção e limpeza no rancho mencionado, conforme pode ser observado na troca de correspondências entre a jornalista e a assessoria da PMERJ:

CCOMSOC: A Polícia Militar não recebeu de nenhum policial essa queixa. A Polícia Militar tem uma Comissão de Controle Sanitário que realiza visitas periódicas aos ranchos. O Batalhão de Choque em especial tem uma nutricionista lotada no local. Lanches também são distribuídos conforme a escala de trabalho.

Maria Luisa: Ainda sobre a denúncia de larvas nas refeições servidas aos policiais militares, conforme publicamos ontem, recebemos novas informações de que o comandante do Batalhão de Choque ordenou uma limpeza geral no rancho na tarde de ontem. Sendo assim, gostaria de saber: 1) a quantidade de alimentos impróprios para o consumo recolhida...2) De quanto em quanto tempo a Comissão de Controle Sanitário visita os batalhões? Qual foi a última vez em que tal comissão esteve no Batalhão de Choque?

CCOMSOC: Oi Maria! A Inspeção sanitária no rancho do Batalhão de Choque é diária. Não houve nenhuma atividade extraordinária.
(WHATSAPP, correspondência entre repórter e CCOMSOC, 19 de Junho de 2014.)

            Se o objetivo do poder disciplinar, no passado, era ‘vigiar e punir’ (Foucault, 1983), manter estrito controle sobre os indivíduos e suas produções, a democratização da tecnologia, das câmeras de celulares, aliadas aos aplicativos de compartilhamento como o que estamos estudando, causaram o efeito contrário. Não há mais controle total sobre que informação vai ser distribuída por quem, já que os corpos não estão mais tão docilizados e os novos modos de se relacionar podem colaborar para que os indivíduos organizem-se de modo a poder exercer sua cidadania.

Considerações finais:

            Muito embora a tropa já tenha um bom nível de conhecimento sobre as potencialidades do WhatsApp, os policiais ainda estão vivenciando o processo de expressar suas emoções via aplicativo, de receber a manifestação do outro, de tornar público o que era restrito ao ambiente militar, descobrindo o poder de sentir, falar e criar novos sentidos, rompendo com a ideia de que sua força está na resiliência e no silêncio que mantém.   
A dinâmica de formação de grupos e as interações frequentes fazem mais do que distribuir informação: influenciam. Abrem-se novas possibilidades em relação às anteriores ecologias das mídias na configuração de legitimidade ou ilegitimidade. O registro por foto e vídeo, além do acesso da tropa diretamente aos veículos de comunicação têm levado a uma maior responsabilização da Corporação, que passa a ter que prestar contas com maior frequência e mudar seu modus operandis.
O grupo de WhatsApp é o local em que, por sensação de pertencimento e identificação, as causas ganham forma e expressão. Contudo, é na articulação desta rede que as interações entre os pares cumprem seu papel, fazendo repercutir as questões internas na sociedade e colaborando para resultados mais efetivos: obrigando à responsabilização, mesmo que mínima, por parte do Estado.
As vozes da tropa têm conseguido ressoar com amplitude, em situações pontuais, a partir do ator tecnológico WhatsApp. Conseguir fazer com que suas questões internas alcancem e repercutam em outros grupos é fazer com que população civil, imprensa e sociedade enxerguem a PMERJ sob a ótica do policial, é conseguir visibilidade e engajamento coletivo para causas silenciadas dentro da hierarquia militar.
Como apontado ao longo do desenvolvimento textual, o advento de uma tropa que passa a ser formada por indivíduos forjados nestes novos tipos de relação, que não têm na farda sua identidade única, que buscam brechas de empoderamento que possibilitem fugir de estados puros de dominação dentro da estrutura de poder que integram, não constitui um evento pontual de revolta, mas, somado às ferramentas tecnológicas disponíveis, abrem caminho para a construção efetiva de uma nova economia das relações de poder. A tropa tem encontrado no aplicativo uma brecha para romper o silêncio tradicionalmente imposto pelo código de conduta militar em prol da garantia de seus direitos.
 Essa movimentação não se propõe a negar ou destruir as estruturas de poder da Polícia Militar do Rio de Janeiro, mas alterar os fluxos comunicacionais, movimentando o jogo de poder, mesmo dentro dessa estrutura tão rígida. As reconfigurações no fluxo comunicacional identificadas na PMERJ ilustram o potencial transformador do novo padrão de relações em rede, mediadas por tecnologias como o aplicativo em questão para conquistas importantes para o cidadão.


Referências bibliográficas

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 ______. Linguagens midiáticas, entretenimento e multissensorialidade na cultura digital. ORTIZ, Anderson; AFFONSO, Luiz; TIMPONI, Raquel (Orgs.). Tecnologias de Comunicação e
WHATSAPP, 2016. Disponível em: https://blog.whatsapp.com/index.php/page/2. Acesso em 15



[1] Trabalho apresentado no GP Comunicação para a Cidadania, XVII Encontro dos Grupos de Pesquisas em Comunicação, evento componente do 40º Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação.

[2]Mestranda do Programa de Pós-Graduação da UERJ. Email: averonezereporter@gmail.com
[3] Para efeito de estudo, os grupos foram divididos de acordo com o vínculo motivador de sua formação. A conversação via aplicativo na PMERJ está sendo representada por cinco tipos de grupos: (i) grupo formado por 15 policiais aprovados em um mesmo concurso público e que receberam instrução em uma  mesma turma de formação, (ii) grupo formado por 50 PMs de diferentes patentes de uma mesma unidade, Batalhão X (iii) grupo de 115 membros entre policiais de diferentes unidades e jornalistas de diferentes veículos de comunicação, (iv) grupo dos cerca de 50 policiais em posição de comando em Batalhões e Unidades Especiais da PMERJ e 8 assessores de comunicação da Instituição e (v) grupo de policiais de uma Unidade específica da PMERJ e a população da área de cobertura da Unidade. Não especificaremos o ano de formação da turma do grupo estudado (i) ou a unidade de trabalho (ii) para garantir o sigilo das fontes. Foi observada a participação dos membros no grupo de acordo com a hierarquia militar e o os temas abordados com maior frequência nas interações.

quarta-feira, 4 de outubro de 2017

Roda leitura na Brincar de Viver


Mãe no blog da Brincar de Viver

ATIVIDADES DE MARÇO 2017

Pré 2 – Na semana da mulher foram feitas diversas atividades: no caderno, em folha xerocada e um cartaz. No dia 8, as crianças confeccionaram um girassol de material reciclado e presentearam mães e mulheres profissionais da escola.
Para o dia do circo, foi feita uma maquete com material reciclado e diversas técnicas de artes.
A turma iniciou um trabalho de alimentação saudável que está continuando nesse mês.
Vale destacar que as turmas do Maternal 1 ao Pré 2, tiveram uma atividade especial no dia 23 de março. Recebemos a visita da mãe da Maria Eduarda Veroneze, do Pré 2, Aline Berriel Veroneze da Costa Leite, jornalista e escritora. Aline é autora do livro infantil GOTINHA PLIM e veio à escola contar a história de seu livro, como culminância do dia da água.
Foi uma tarde especial, as crianças participaram ativamente da contação de história, com bastante entusiasmo. Agradecemos a Aline a bela visita e a oportunidade de troca de conhecimento.
Em breve, enviaremos as notícias do mês de abril.

terça-feira, 31 de janeiro de 2017

O novo artigo está pronto:

Do modus operandi ao modus pensandi: 
o WhatsApp e as transformações na Polícia Militar do Rio de Janeiro


RESUMO

              O uso do aplicativo WhatsApp trouxe muitas alterações à comunicação na Polícia Militar do

Estado do Rio de Janeiro. A utilização do aplicativo horizontalizou as conversações e

conduziu a novos mecanismos de resposta à sociedade por parte da Corporação. A proposta

deste artigo é identificar como a inserção de um novo conectivo nas interações entre policiais

e seus públicos alteram também as condições e o modo de trabalho. Seguimos os rastros da

comunicação via aplicativo, tendo como base a Teoria Ator-Rede, de Bruno Latour,

trabalhando menos como definidor do status comunicacional da Instituição e mais como mapa

das relações, a fim de abrir caminho para a compreensão das consequentes apropriações de

poder advindas do novo cenário sociotécnico.


Palavras-chave: Comunicação organizacional. Novas tecnologias. Materialidades da

comunicação. Teoria Ator Rede.



O artigo completo pode ser acessado no link abaixo:

PDF disponível aqui

sexta-feira, 4 de novembro de 2016

Vídeo para edital do Conselho de Arquitetura e Urbanismo



Há um ano, estou fazendo parte de uma equipe que pensa argumentos para uma série de audiovisuais sobre a arquitetura carioca. Conversamos com profissionais, peimos consultoria, escrevemos um projeto com oito temas que passam por questões como a cidade, o imaginário, o pertencimento e passam por clima, transporte, turismo, patrimônio, etc...

O Resultado foi um surpreendente. Todo mundo se empolgou e profissionais da Santa Úrsula, PUC, UERJ, UFF, UFRJ, todos abraçaram a ideia e os documentários tomaram a proporção de um grande evento transdisciplinar.

Quer saber como foi a defesa do projeto?
Assista aqui

sexta-feira, 29 de julho de 2016

Saúde em Casa



Cliente: Salsa Stúdio

Roteiro e apresentação: Aline Veroneze

Você sabia que a transmissão de HIV tem aumentado nessa faixa etária? Essa geração já nasceu em um período em que a doença é controlada com o coquetel de medicamentos e não têm, muitas vezes, noção do perigo que correm ao abrirem mão da prevenção. Outros problemas de saúde como hepatite, diabetes ou mesmo verminoses e dengue, também podem ter o índice reduzido com a aplicação de medidas preventivas. A proposta da Série Saúde em Casa é dar instrumento aos educadores para criar uma geração consciente e capacitada para cuidar melhor do próprio corpo e da sua comunidade. Com bom humor, leveza e efeitos visuais, gerar multiplicadores de conhecimento.
O conteúdo dos programas da série "Saúde em Casa" da produtora carioca Salsa Studio, é redigido com consultoria de especialistas nacionais sobre cada tema. Traz o modo de infecção, como o agente comporta-se no corpo humano, como é o tratamento e quais as possíveis medidas preventivas, em uma linguagem acessível e atraente para este público. 

domingo, 24 de julho de 2016

Artigo WhatsApp e a Teoria das Materialidades

O vídeo abaixo é resultado do meu artigo no PPGCOM da UERJ. Tem como base os estudos da Escola de Toronto, na disciplina do professor Vinícios Pereira. O artigo foi apresentado no ALCAR Sudeste 2016 e publicado no anais do evento. Assista abaixo ou leia aqui: artigo publicado




segunda-feira, 21 de março de 2016

REGISTRO DA VISITA DE MARGARET CHAN À FIOCRUZ E À UNIDADE DE BIOMANGUINHOS. A DIRETORA DA OMS ESTÁ EM MISSÃO PARA COMBATE AO AEDES AEGYPTI

MATÉRIA PARA O CANAL SAÚDE DA FIOCRUZ MOSTRA O PANORAMA DA VIOLÊNCIA FÍSICA, SEXUAL E PATRIMONIAL CONTRA AS MULHERE

MATÉRIA PARA O CANAL SAÚDE DA FIOCRUZ TRAZ UM PANORAMA DAS MORTES NO TRÂNSITO ATÉ 2016 NO BRASIL. OS MOTOCICLISTAS FORAM AS MAIORES VÍTIMAS NO PERÍODO.

O Ministério da saúde em um primeiro momento redefiniu para 32 cms o perímetro encefálico de crianças com suspeita de microcefalia. Mais tarde essas medidas diminuíram ainda mais. Acompanhe esta coletiva e os dados do período

Quer conhecer as novas regras para os partos no Brasil? É o assunto desta MATÉRIA DE ALINE VERONEZE PARA O CANAL SAÚDE DA FIOCRUZ

MATÉRIA PARA O CANAL SAÚDE DA FIOCRUZ TRAZ UM BALANÇO DOS CASOS DE DENGUE NO PRIMEIRO SEMESTRE DE 2015 NO BRASIL.

UM NOVO MEDICAMENTO PARA PREVENIR A INFECÇÃO POR HIV ESTÁ SENDO TESTADO EM VOLUNTÁRIOS.// CONHEÇA O TRABALHO DOS PESQUISADORES DA FIOCRUZ NESTA MATÉRIA DE ALINE VERONEZE PARA O CANAL SAÚDE

VOCÊ SABE COMO ESTÃO OS OBJETIVOS DO MILÊNIO MA AMÉRICA LATINA E NO CARIBE? O PANORAMA DESTA REGIÃO É O ASSUNTO DESTA MATÉRIA DE ALINE VERONEZE PARA O CANAL SAÚDE DA FIOCRUZ

CONHEÇA COMO O PROJETO DO PARQUE INFANTIL E DA BIBLIOTECA DO INSTITUTO FERNANDES FIGUEIRA MUDA A ROTINA DOS PEQUENOS PACIENTES E SUAS FAMÍLIAS NESTA MATÉRIA DE ALINE VERONEZE PARA O CANAL SAÚDE DA FIOCRUZ

VOCÊ QUER ENTENDER MELHOR O ORÇAMENTO DO SUS E AS MUDANÇAS EM DISCUSSÃO? É A PROPOSTA DESTA MATÉRIA DE ALINE VERONEZE PARA O CANAL SAÚDE DA FIOCRUZ

CONHEÇA O NOVO PERFIL NUTRICIONAL PARA CONTER A OBESIDADE NA INFÂNCIA E ADOLESCÊNCIA NO BRASIL NESTA MATÉRIA DE ALINE VERONEZE PARA O CANAL SAÚDE, DA FIOCRUZ

FIOCRUZ LANÇA UM PERFIL DA ENFERMAGEM DO BRASIL. SAIBA MAIS NESTA MATÉRIA DE ALINE VERONEZE PARA O CANAL DA SAÚDE DA FIOCRUZ.

Você sabia que seu cosmético pode ter até 90% de plástico?! Saiba mais nesta matéria de Aline Veroneze para o Canal Saúde, da Fiocruz.

VOCÊ SABE O QUANTO OS RUÍDOS PODEM SER PREJUDICIAIS À SAÚDE? ESTA É UMA MATÉRIA DO CANAL SAÚDE, DA FIOCRUZ, PRODUÇÃO COOPAS, REPORTAGEM ALINE VERONEZE

VOCÊ SABE O QUANTO OS RUÍDOS PODEM SER PREJUDICIAIS À SAÚDE? ESTA É UMA MATÉRIA DO CANAL SAÚDE, DA FIOCRUZ, PRODUÇÃO COOPAS, REPORTAGEM ALINE VERONEZE

ESTA É UMA MATÉRIA SOBRE SAÚDE MENTAL, PRODUZIDA PARA O JORNAL DA SAÚDE DA FIOCRUZ. PRODUÇÃO COOPAS, REPORTAGEM ALINE VERONEZE.

ESTA É UMA MATÉRIA SOBRE A SAÚDE MATERNA E A MORTALIDADE INFANTIL, EXIBIDA NO JORNAL DA SAÚDE DA FIOCRUZ. PRODUÇÃO COOPAS. REPÓRTER ALINE VERONEZE

SAÚDE NO NEPAL

Esta é uma matéria sobre os serviços do Sistema Único de Saúde brasileiro, produzida para o Canal Saúde da Fiocruz. Reportagem: Aline Veroneze

Esta é uma matéria veiculada no Jorna da Saúde, do Canal Saúde, da Fiocruz, sobre a violência contra as mulheres.

SAIBA MAIS SOBRE O ZIKA E A GESTAÇÃO

segunda-feira, 9 de novembro de 2015

Lançamento: O registro da História da Polícia Federal

                                                                                 

  Durante um ano eu visitei o Cel Raposo e juntos transformamos um monte de documentos e os manuscritos dele em um livro histórico sobre como surgiu a PF.
            O prefácio foi escrito pelo Delegado Federal Dr Marcelo Itagiba. A publicação será lançada no Clube de Aeronáutica non dia 03 de Dezembro. Aguardo vocês!







Release:

O Centro Brasileiro de Estudos Estratégicos convida para o lançamento do livro “Polícia Federal do Brasil: 50 anos de história”, de autoria do Presidente de Honra do Cebres, Coronel Amerino Raposo Filho, que será realizado no Clube da Aeronáutica, no dia 03 de Dezembro, às 16 horas, na Praça Marechal Âncora, nº15, no Centro do Rio de Janeiro.

Na publicação, a jornalista Aline Veroneze reúne as memórias do Coronel Amerino Raposo Filho, um dos maiores pensadores brasileiros em estratégia, os documentos produzidos no período e a as implicações e repercussões nacionais e internacionais da criação e implantação da atual estrutura da Polícia Federal do Brasil.

Por determinação do então Presidente da República, Marechal Humberto Alencar de Castelo Branco, o Coronel Raposo redesenhou o antigo Departamento Federal de Segurança Pública, concebendo uma legislação federal que assegurasse objetivos claros, autonomia, estrutura operacional moderna, além de meios para evoluir, crescer e desempenhar a sua missão, ora cumprida com sucesso.


Este livro é também uma fonte de inspiração para a geração atual, pois a concepção e a implantação da nova estrutura demandaram não apenas a competência intelectual do Coronel Raposo, mas coragem e, sobretudo, a consciência de que seu trabalho deveria espelhar a prevalência dos interesses do Estado sobre qualquer vantagem pessoal.

Que o leitor possa experimentar a satisfação de descobrir os meandros desta epopeia, pois sem ela não estaríamos assistindo a ação exitosa da Polícia Federal no cumprimento de missões que vão da preservação da ordem pública e da incolumidade das pessoas, bem como dos bens e interesses da União, até o exercício de atividades de polícia marítima, aeroportuária e de fronteiras, repressão ao tráfico de entorpecentes, contrabando e descaminho, além do exercício exclusivo das funções de polícia judiciária da União.

Sobretudo, não veríamos a Polícia Federal agir com tanta desenvoltura e brilho no combate à corrupção.

 
 


O lançamento repercutiu nas colunas sociais de Juiz de Fora, minha terra natal.
 

 

Canal Saúde na Estrada - Aracaju


A viagem a Aracaju foi muito interessante para conhecer como nasceram as propostas de saúde para o estado de Sergipe. O Programa Canal Saúde na Estrada foi feito por mim e pelo jornalista, também juizforano,  Eduardo Souza. Abaixo das fotos, segue roteiro:






PGM: CSE 083, BL2, ARACAJU, SERGIPE
REPORTAGEM:
ALINE VERONEZE

PRODUÇÃO: GERALDO BOROWSKI

EDIÇÃO: JOÃO GUSTAVO MONTEIRO
CÂMERA:
ALEXANDRE PRADO

ASS. CÂMERA:
MAURÍCIO MAIA



VÍDEO


CLIPE DE GOIÁS

CABEÇA DE ABERTURA
EDU






ALINE
EXT _0008_150924_AU_0019_01 (DECUPADO NO CARTÃO)+ EXT_0008_150924_AU_0001-010 TC 06:39 A 06:46 DECUPADO DO SISTEMA

MAPAGOIÁS

VT DO EDUARDO
(...)
PASSAGEM DE BLOCO 1:
EDU:






ALINE
AU 0001-110 12:26 A 12: 43







INTERVALO
BLOCO2:
MAPA COM SERGIPE
IMAGENS DE ARACAJU
EXT_0008_150923_AN_0171_01 placa mirante
EXT_0008_150923_AN_0172_01caju
EXT_0008_150923_AN_0175_01 farol / praia
EXT_0008_150923_AN_0177_01 aberta da cidade
EXT_0008_150923_AU_0002_01 cajus coloridos
EXT_0008_150923_AU_0006_01 ponte
EXT_0008_150924_AU_0034_01 sequência de estátuas de bronze, temos em geral e individualmente.

Abertura de bloco
EXT_0008_150924_AU_0065_01




Clipe com imagens das inscrições, pessoas conversando... Pessoas com a camisa da conferência...


PLANO SEQUENCIA 1:
EXT_0008_150923_AN_0026_01
CONTINUAR COM O SOBE SOM CURTO DO CLIP SEGUINTE E COLOCAR CRÉDITO DO GRUPO: PEGAR TIME COLD
GRUPO OS MANOS DO FORRÓ (ELES PEDIRAM POR CONTA DO REGISTRO, PARA COLOCAR DESTE JEITO, COM O TERMO GRUPO)

OFF1 – Eu deixaria o baião de bg baixinho ainda no início deste off
EXT_0008_150923_AN_0129_01TAKES DOS MENINOS LAMPIÕES
EXT_0008_150923_AN_0133_01 ARTESANATO GARRAFAS
EXT_0008_150923_AN_0136_01BONECAS DE TECIDO
EXT_0008_150923_AN_0129_01 COMIDAS
EXT_0008_150923_AN_0144_01 CORDÉIS
EXT_0008_150924_AU_0084_01 BONECO GIGANTE
---
EXT_0008_150924_AU_0119_01 TEM UM TRECHO EM QUE TRÊS PESSOAS DE CRACHÁS DIFERENTES EXIBEM A IDENTIFICAÇÃO PARA O CINEGRAFISTA.

EXT_0008_150923_AN_0095_01 PLATEIA DE TRABALHADORES

EXT_0008_150923_AN_0118_01 PLATEIA GERAL, MAS OS DA FRENTE SÃO GESTORES

EXT_0008_150923_AN_0166_01 NESSE CLIPE TAMBÉM TEM OS CRACHÁS LARANJA E VERDE DE USUÁRIOS E CONSELHO
----









SONORA 1
EXT_0008_150923_AN_0066_01
ROGÉRIO CARVALHO DOS SANTOS
REPRESENTANTE DO MINISTÉRIO DA SAÚDE



Ele dá uma travada entre as palavras que podemos editar aí neste final se cobrirmos com imagens do evento, para ficar mais limpinho ;)

OFF2:




SONORA 2
EXT_0008_150923_AN_0065_01
EDUARDO RAMOS GOMES,
Vice-Presidente do Conselho Estadual de Saúde de Sergipe




OFF3:
EXT_0008_150924_AU_0115_01 TEM A PLATEIA FESTEJANDO
EXT_0008_150924_AU_0122_01
EXT_0008_150924_AU_0160_01 PLATEIA LEVANTANDO OS CRACHÁS PARA VOTAR




EXT_0008_150923_AN_0086_01 HOMENAGEADA NO PALCO
EXT_0008_150923_AN_0085_01 HOMENAGEADO NO PALCO
EXT_0008_150923_AN_0100_01 TAKE MAIS FECHADO COM O DR ALMIR COM A HOMENAGEM NAS MÃOS
EXT_0008_150923_AN_0094_01 tem a usuária batendo palmas
SOBE SOM CURTO DAS PALMAS

OFF4:
Imagens em geral de participações
EXT_0008_150924_AU_0180_01
EXT_0008_150924_AU_0177_01




SONORA 3
EXT_0008_150923_AN_0150_01
MARIA DO SOCORRO DE SOUZA
Pres. Do Conselho Nacional de Saúde
Ela confunde Sergipe com Ceará e corrige na hora. Se quiser cortar e cobrir...










OFF5:
EXT_0008_150924_AU_0096_01 TEMOS A PARTIR DAÍ UMA SEQUENCIA DE GRUPOS DE DISCUSSÃO





SONORA 4
EXT_0008_150923_AN_0153_01
IARA DE SENNA SANTOS BOAMORT Secretária Executiva do CES/SE.
Se quiser enxugar a sonora e tirar a repetição de vinte mil pessoas cobrindo o corte tudo bem, se quiser deixar passar tb ;P

OFF 6:










SONORA 5
EXT_0008_150923_AN_0155_01
ROSELY DE JESUS ALMEIDA, Representante do Sindicato dos
Assistentes Sociais de Sergipe

PENSEI EM COLOCARMOS VÁRIAS CENAS DELES VOTANDO, LEVANTANDO CRACHÁS, COM UM BG PARA QUEBRAR O RITMO

OFF7





















SONORA 6
EXT_0008_150923_AU_0011_01
VALTER JOVINIANO
REPRESENTANTE DOS GESTORES


SONORA 7
EXT_0008_150923_AN_0122_01
AVANI GOMES DE JESUS SANTOS
REPRESENTANTE DOS TRABALHADORES DE SAÚDE
OFF 8:







SONORA8
FLÁVIO VIEIRA DOS SANTOS
REPRESENTANTE DOS GESTORES
EXT_0008_150923_AN_0043_01 começo da sequência de imagens dos testes

OFF9:






PASSAGEM ALINE
EXT_0008_150923_AN_0063_01








SONORA 9
LEANDRO GONÇALVES
CONVIDADO



SONORA 10
ALMIR SANTANA
MÉDICO SANITARISTA/
GERENTE DO PROJETO DST/AIDS DE SERGIPE

OFF10:
EXT_0008_150923_AN_0053_01 imagens do serviço de teste

Takes com a doma Fátima estão a partir de
EXT_0008_150923_AN_0093_01








SONORA 6
EXT_0008_150923_AN_0064_01
MARIA DE FÁTIMA SOUZA
DONA DE CASA
REPRESENTANTE DOS USUÁRIOS


OFF11:






SONORA 7
EXT_0008_150923_AN_0055_01
JOSÉ MACEDO SOBRAL
SECRETÁRIO DE SAÚDE DE SERGIPE
















OFF12:

















SOBE SOM
EXT_0008_150924_AU_0175_01




OFF 13:










ADRIANE OLIVEIRA DE SOUZA ANDRADE
REPRESENTANTE DOS TRABALHADORES




OFF 13:




















ÁUDIO


OLÁ, O CANAL SAÚDE NA ESTRADA HOJE É ESPECIAL. / VAMOS ACOMPANHAR A ETAPA ESTAUDAL DA DÉCIMA QUINTA CONFERÊNCIA NACIONAL DE SAÚDE./ AQUI EM GOIÂNIA, EU VOU MOSTRAR COMO FOI A OITAVA CONFERÊNCIA ESTADUAL DE SAÚDE DE GOIÁS./ E EM SERGIPE, QUEM ACOMPANHOU A ETAPA ESTADUAL FOI A ALINE VERONEZE./

/OLÁ, EDUARDO. // AQUI, EM ARACAJU, A SEXTA CONFERÊNCIA ESTADUAL DE
 SAÚDE DE SERGIPE DUROU DOIS DIAS E CONTOU COM O APOIO MACIÇO DA POPULAÇÃO. //;) NO SEGUNDO BLOCO, EU TRAGO OS DETALHES. //


VT DO EDUARDO
(...)
O CANAL SAÚDE NA ESTRADA FAZ AGORA UM RÁPIDO INTERVALO./ NO
 PRÓXIMO BLOCO, A GENTE CONTINUA COM A COBERTURA DA ETAPA ESTADUAL DA DÉCIMA QUINTA CONFERÊNCIA NACIONAL DE SAÚDE, COM A ALINE VERONEZE./

É ISSO MESMO, EDUARDO. //NO PRÓXIMO BLOCO, O SAÚDE NA ESTRADA MOSTRA COMO O ESTADO DO SERGIPE MOBILIZOU-SE PARA A SEXTA EDIÇÃO DA CONFERÊNCIA ESTADUAL DE SAÚDE E OS PRINCIPAIS DESAFIOS E PROPOSTAS DOS 75 MUNICÍPIOS DO ESTADO. /FIQUE CONOSCO.// ;)EU VOLTO JÁ,JÁ.//

INTERVALO

BG








OLÁ, O CANAL SAÚDE NA ESTRADA ESTÁ ACOMPANHANDO A ETAPA ESTADUAL DAS CONFERÊNCIAS DE SAÚDE. //EU SOU ALINE VERONEZE E, TRAGO OS DETALHES DO EVENTO QUE ACONTECEU NOS DIAS 23 E 24 DE SETEMBRO. //

SOBE SOM


ESTAMOS COBRINDO A SEXTA CONFERÊNCIA DE SAÚDE DO SERGIPE E ELA COMEÇOU ASSIM: SAUDÁVEL!COM UM CAFÉ DA MANHÃ, PARA DAR INÍCIO AOS TRABALHOS DE DISCUSSÃO SOBRE A QUALIDADE DA SAÚDE NO ESTADO. // QUEM ESTEVE PRESENTE TAMBÉM PODE APROVEITAR MUITAS ATIVIDADES CULTURAIS. //

SOBE SOM


ALÉM DO BAIÃO, DA ALEGRIA DOS MENINOS LAMPIÕES, A CONFERÊNCIA ESTADUAL DO SERGIPE, APRESENTOU AOS CONVIDADOS A ARTE LOCAL!/ BONECAS DE TECIDO, GARRAFAS PINTADAS, DOCES TÍPICOS, ALÉM DO CORDEL.../ PRODUÇÃO QUE GERA RENDA: CONTRIBUI PARA MELHORAR A QUALIDADE DE VIDA E, CONSEQUENTEMENTE, A SAÚDE DA POPULAÇÃO. //

LOGO NO INÍCIO DAS ATIVIDADES, O LOCAL JÁ ESTAVA REPLETO DE REPRESENTANTES DO GOVERNO,//
 DE GESTORES,//
 PRESTADORES DE SERVIÇOS DE SAÚDE,// TRABALHADORES DO SETOR //
 USUÁRIOS//
E CONVIDADOS//
DURANTE A CERIMÔNIA DE ABERTURA, O REPRESENTANTE DO GOVERNO FEDERAL RESSALTOU A IMPORTÂNCIA DE MOMENTOS DE DISCUSSÃO COMO ESTE, TENDO EM VISTA A QUESTÃO HISTÓRICA DO SUBFINANCIAMENTO DO SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE E O ATUAL CENÁRIO DE CRISE.//



00:25 a 01:06 – “É preciso que regionalmente a gente estimule as pessoas no debate sobre o que é preciso melhorar: a gente tem pistas. Por exemplo, o tempo de espera, que é prolongado, a insegurança das pessoas quando necessitam do serviço de saúde, principalmente nos serviços ambulatoriais especializados. É preciso debater isso, procurar soluções e obviamente que solução para estes problemas passa por ter mais serviço, mais serviços, mais recursos e a gente precisa estimular o debate sobre fontes alternativas, fontes exclusivas de financiamento da saúde.”

A QUESTÃO DA FALTA DE RECURSOS NA SAÚDE TAMBÉM FOI O DESTAQUE DO CONSELHO ESTADUAL DE SAÚDE DO SERGIPE.//

00:55 A 01:07 - “Não se faz saúde sem dinheiro. A saúde é diferente de festa. Quando é festa, eu tenho que contratar três bandas e eu corto duas, eu faço com uma banda, mas na saúde, quando eu corto ações de saúde, eu perco é vidas e vidas têm que ser prioridades.”

A ESTIMATIVA DOS ORGANIZADORES É DE QUE SETECENTAS PESSOAS ESTIVERAM PRESENTES A CADA UM DOS DOIS DIAS DE CONFERÊNCIA. //UMA PLATEIA REALMENTE ENVOLVIDA NA CONSTRUÇÃO DE PROPOSTAS PARA A SAÚDE NOS PRÓXIMOS QUATRO ANOS.//


LOGO NA ABERTURA DO EVENTO, OS PROFISSIONAIS QUE FIZERAM A
DIFERENÇA NO ‘SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE’ DO ESTADO, EM 2015, FORAM HOMENAGEADOS.//


SOBE SOM CURTO


TODA ESSA PARTICIPAÇÃO DE CONVIDADOS E DELEGADOS É RESULTADO DE UM FEITO INÉDITO NO ESTADO: ESTE ANO, SERGIPE CONSEGUIU REALIZAR CONFERÊNCIAS MUNICIPAIS EM TODOS OS 75 MUNICÍPIOS.  //

3:57 A 04:35 – “Sergipe entendeu sua tarefa política e os objetivos da nossa conferência, se comprometeu e realizou nas condições que o estado do Sergipe assegurou. Primeiro de mobilizar vários setores da sociedade. Eu acho que a conferência ela abre fazendo várias homenagens e essa expressão de reconhecimento já é o compromisso do Conselho Estadual de ampliar o diálogo com outros setores da sociedade. Também tem muitos movimentos populares que tiveram a iniciativa de fazer conferências livres e isso é muito importante porque também acolheu, mesmo na condição de convidados, movimentos que têm histórico na defesa do SUS.”


DURANTE AS CONFERÊNCIAS MUNICIPAIS AS QUESTÕES DE SAÚDE QUE AFLIGEM UMA POPULAÇÃO DE MAIS DE DOIS MILHÕES DE BRASILEIROS, QUE VIVEM NO ESTADO DO SERGIPE, FORAM DISCUTIDAS. // O RESULTADO: AS MAIS DE TRÊS MIL PROPOSTAS QUE VIERAM PARA A CONFERÊNCIA ESTADUAL.//

00:03 a 00:21 “Nós ouvimos vinte mil pessoas, na faixa de vinte mil pessoas, de onde saíram as três mil propostas, que nos darão base para construir a partir de 2016 uma melhoria para a saúde pública.”

FORAM FORMADOS SETE GRUPOS PARA VOTAR AS PROPOSTAS MAIS IMPORTANTES DENTRO DE CADA EIXO DE DISCUSSÃO.// NA PLENÁRIA FINAL, FORAM ELEITAS AS TRINTA E CINCO PROPOSTAS QUE SERÃO DEFENDIDAS PELOS DELEGADOS QUE REPRESENTARÃO O ESTADO NA DÉCIMA QUINTA CONFERÊNCIA NACIONAL DE SAÚDE. //

1:16 a 1:32 “Aquelas que obtiverem uma votação entre 30 e 70%, irão compor um documento estadual que irá subsidiar a política estadual de saúde e aquelas que tiverem uma votação inferior a 30% serão consideradas automaticamente suprimidas.”

SOBE SOM


EM UM PAÍS DE DIMENSÕES CONTINENTAIS COMO O NOSSO, AS CONFERÊNCIAS ESTADUAIS SÃO OPORTUNIDADES DE TODOS OS SETORES COLABORAREM PARA A CONSTRUÇÃO DE METAS NACIONAIS QUE REALMENTE ABORDEM AS NECESSIDADES DAS DIFERENTES REGIÕES.// PARA GESTORES E TRABALHADORES DA SEXTA CONFERÊNCIA ESTADUAL DE SERGIPE, A FORMAÇÃO E A VALORIZAÇÃO DOS PROFISSIONAIS DO SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE MERECEM MAIS ATENÇÃO.// UMA DAS PROPOSTAS APROVADAS AQUI PARA SER DEBATIDA NA 15ªCONFERÊNCIA NACIONAL FOI A PARCERIA DO SUS COM UNIVERSIDADES.//





00:37 A 00:48 “Para que essa formação já venha casada com os interesses do SUS e assim a gente consiga ampliar a oferta de serviços e prestar uma atenção de melhor qualidade.”


00:07 A 00:18 “A questão da educação continuada e o plano de carreiras e salários que a saúde em si é carente e tem que ser um plano que atenda a todos.”


FLÁVIO É GESTOR DE UM HOSPITAL PÚBLICO. //VEIO À SEXTA CONFERÊNCIA ESTADUAL PARA LUTAR POR MAIS RECURSOS PARA O SEMIÁRIDO SERGIPANO.///


00:13 A 00:29 “Que os governos que esteja voltado, maior atenção, para os municípios de pequeno porte que têm pouco financiamento, que faça com que desenvolva melhor o sistema de saúde.”

ENQUANTO AS PROPOSTAS ERAM VOTADAS PELOS 427 DELEGADOS, ALGUNS CONVIDADOS, COMO LEANDRO, DE 25 ANOS, FAZIAM EXAMES DE SAÚDE, ALI MESMO, NO LOCAL DA CONFERÊNCIA.//

INFELIZMENTE, SERGIPE É UM DOS ESTADOS COM O MAIOR NÚMERO DE CASOS DE SÍFILIS CONGÊNITA. // PARA MUDAR ESSA REALIDADE, FOI INSTALADA AQUI NA SEXTA CONFERÊNCIA ESTADUAL DE SAÚDE,  UMA UNIDADE MÓVEL QUE PERCORRE TODO O ESTADO, FAZENDO TESTES DE AIDS, SÍFILIS E HEPATITE C.//

00:25 a 00:37 “Eu nunca tinha feito um exame como esse e é muito difícil ir a um hospital quando você acha que não está doente, quando você não tem sintoma nenhum de doença. Então é uma forma da saúde ir até o povo.”

00:40 – 00:56 “Nós trouxemos a unidade com duas finalidades: primeiro apresentar para quem ainda não conhece e segundo, uma oportunidade de oferecer os testes rápidos de HIV, Sífilis e Hepatites para a comunidade que está aqui.”

LEVAR SERVIÇOS DE SAÚDE DE QUALIDADE AOS QUATRO CANTOS DE UM PAÍS COM CIRCUNSTÃNCIAS MUITO DISTINTAS É UM GRANDE DESAFIO, QUE DONA MARIA DE FÁTIMA, DONA DE CASA E DELEGADA QUE REPRESENTA OS USUÁRIOS DO SUS ACREDITA SÓ SER POSSÍVEL COM A PARTICIPAÇÃO POPULAR.





00:35 A  00:49 “Como é que vai saber o que é a realidade da nossa comunidade se a gente não estiver presente? Eu mesmo não quero uma saúde que venha de cima para baixo. Ela tem que ser construída com as necessidades de onde eu moro.”

PARA AS AUTORIDADES PRESENTES, OS MOMENTOS DE DISCUSSÃO TRAZEM  À TONA OS ANSEIOS DE GESTORES, TRABALHADORES E PRESTADORES, MAS PRINCIPALMENTE, DE TODOS ENQUANTO USUÁRIOS.//

00:13 A 00:47 “Realizar uma conferência de saúde é muito importante. É onde você discute seus erros, avalia aquilo que foi produtivo, planeja as ações futuras, propõe um Brasil, um SUS cada dia mais abrangente, cada vez mais eficiente para sua população e escuta, acima de tudo, os usuários. Acho que esse é o momento do usuário se pronunciar. Aqueles que são os pacientes, que efetivamente têm as ações do SUS voltadas para si e discutir no que a gente precisa avançar.”



O SEGUNDO DIA DA CONFERÊNCIA COMEÇOU COM AS DISCUSSÕES DAS PROPOSTAS .// AO FINAL DOS TRABALHOS NA PLENÁRIA FINAL, FOI ELABORADO UM RELATÓRIO QUE, ALÉM DAS TRINTA E CINCO PROPOSTAS DO ESTADO, LEVA PARA A CONFERÊNCIA NACIONAL UMA MOÇÃO PEDINDO A REVISÃO DOS VALORES QUE SÃO EMPREGADOS NO SUS, EM COMPARAÇÃO COM O PERCENTUAL DO PIB QUE É DESTINADO À REDE PRIVADA DE SAÚDE. //OUTRA MOÇÃO APROVADA FOI DE REPÚDIO AO PRESIDENTE DA CÂMARA DOS DEPUTADOS, EDUARDO CUNHA, POR IR DE ENCONTRO AO SUS COMO DIREITO UNIVERSAL E DEVER DO ESTADO.//

SOBE SOM
00:27 A 00:41 “Pela retirada do Presidente do Congresso dos Deputados Federais, Eduardo Cunha

A ÚLTIMA ATIVIDADE FOI A ELEIÇÃO DOS REPRESENTANTES DE SERGIPE, QUE IRÃO PARA A CONFERÊNCIA NACIONAL DE SAÚDE. // DOS QUATROCENTOS E VINTE E SETE DELEGADOS QUE ATUARAM AQUI, NESSES DOIS DIAS, SESSENTA REPRESENTARÃO O ESTADO NA 15ªCONFERÊNCIA NACIONAL DE SAÚDE, QUE ACONTECERÁ ENTRE OS DIAS PRIMEIRO E QUATRO DE DEZEMBRO.//
00:29 a 00:48 “O que a gente está procurando em Brasília é fortalecer nosso trabalho, o que o SUS já tem e tornar também de conhecimento ao público tudo que a gente faz. Porque não pode a população conhecer o SUS só como médico e consultório. Nós temos um SUS muito amplo e temos que divulgar.”

DISCUSSÃO DE PROPOSTAS, ELEIÇÃO DE REPRESENTANTES PARA A CONFERÊNCIA NACIONAL... AS CONFERÊNCIAS ESTADUAIS DE SAÚDE FORAM GRANDES CELEBRAÇÕES EM PROL DA CONSTRUÇÃO DEMOCRÁTICA DO SISTEMA DE SAÚDE NO BRASIL.//

SOBE SOM

GESTORES, PRESTADORES DE SERVIÇO, TRABALHADORES DA SAÚDE, USUÁRIOS, CONVIDADOS, TODOS, UNIDOS, POR UM SUS QUE ATENDA DE FATO, AO MÁXIMO, AS NECESSIDADES DOS BRASILEIROS. //

BOM, OS DESTAQUES DAS CONFERÊNCIAS  ESTADUAIS DE SAÚDE DE GOIÁS E DO SERGIPE CHEGARAM AO FIM E ESTA EDIÇÃO ESPECIAL DO SAÚDE NA ESTRADA TAMBÉM.//ATÉ A PRÓXIMA!


Intercom2017 - Curitiba - O artigo